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Dois padr&es de pol&tica cambial: Am&rica... (PDF Download Available)
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10.52EESP/FGVAbstractResumo: Existe hoje uma importante literatura empírica que procura relacionar taxas de crescimento econ?mico com a administra??o cambial e níveis de taxa de c?mbio real. Em trabalhos sobre o tema, vários autores encontram uma rela??o negativa entre desalinhamento cambial e crescimento econ?mico para uma longa série de países no período ; quanto mais depreciada a taxa de cambio, maiores as taxas de crescimento. Nessa literatura, um tema recorrente é a relativa deprecia??o das moedas asiáticas quando comparadas às moedas latino americanas e africanas no período . Nos diversos estudos citados, o resultado de maior deprecia??o para a ?sia surge, no que parece constituir um padr?o de comportamento dos níveis de taxa de c?mbio real para essa regi?o. Com o objetivo de contribuir para essa discuss?o, este trabalho compara a evolu??o dos níveis de taxas de c?mbio reais para países da ?sia e América Latina no período . Discute aspectos do manejo cambial de alguns dos países destas duas regi?es fazendo uma survey de vários trabalhos sobre o tema. Apresenta também a evolu??o das taxas de c?mbio real em rela??o ao dólar americano para uma amostra de 20 países a partir da base de dados do Banco Mundial e da constru??o de um índice de distor??o cambial.Discover the world's research15+ million members100+ million publications700k+ research projects
Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. Dois padr?es de política cambial:
América Latina e Sudeste Asiático1 Paulo Gala2
Resumo Vários
empíricos
encontrado
desalinhamento
e crescimento
mais depreciada a taxa de c?mbio, maiores as taxas de crescimento. Nessa literatura, um tema recorrente é a
deprecia??o
asiáticas
comparadas
latino-americanas
e africanas. Nos diversos estudos, surge o resultado de maior deprecia??o para a ?sia, no que parece constituir um padr?o de comportamento dos níveis de taxa de c?mbio real para essa regi?o. Com o objetivo
contribuir
discuss?o,
1970-1999.
do manejo cambial de alguns dos principais países dessas duas regi?es e apresenta considera??es sobre o papel da política cambial no processo de desenvolvimento destas duas macro-regi?es. Palavras-chave: Desenvolvimento econ? Taxa de c?mbio – Ní Política cambial – América L Sudeste da ?sia.
Abstract Patterns of exchange rate policy: East Asia versus Latin AmericaPatterns of exchange rate policy: East Asia versus Latin AmericaPatterns of exchange rate policy: East Asia versus Latin AmericaPatterns of exchange rate policy: East Asia versus Latin America
Some authors argue in favor of
a real exchange rate targeting strategy for developing countries in what
development
argument, relatively
undervalued
Asian successful
strategies.
development
the paper is to compare the path of exchange rate levels in Asia and Latin America from 1970 to 1999. The work reviews some aspects of exchange rate management for some countries in those regions based on several case studies. It also presents an evolution of real exchange rate levels for a set of 20 countries based on World Bank data and on an index of exchange rate distortion. Key words: E G Latin A East and Southeast Asia. JEL O11, F31, F4.
Introdu??o
nas discuss?es
macroecon?micas.
financeiras
monetário
concluídas
crise Argentina,
literatura
(1) Trabalho recebido em maio de 2006 e aprovado em dezembro de 2006. (2) Da Funda??o Getúlio Vargas (FGV/SP). Agrade?o os comentários de dois pareceristas an?nimos da revista Economia e Sociedade.
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 66Contudo,
enorme avan?o
econométricas
dos bancos de dados e da existência de um amplo rol de conceitos desenvolvidos ao longo do século XX, muitas das principais quest?es da literatura continuam sem respostas consensuais. A desregulamenta??o dos mercados financeiros nos últimos anos e a decorrente transforma??o da taxa de c?mbio num ativo financeiro tornou as discuss?es ainda
mais complexas.
Inúmeras frentes de
florescem na literatura
mercados financeiros e a forma??o da taxa de c?mbio no curtíssimo prazo até os possíveis efeitos
trajetórias
crescimento econ?mico. Dentro dessa discuss?o, vários economistas têm chamado a aten??o para a import?ncia
competitividade
de desenvolvimento econ?mico. Ao
impactos em processos
de produtividade
investimento,
uma variável-chave para a promo??o do crescimento. Muitos autores têm se referido, portanto,
competitividade
uma importante
“ferramenta”
estratégias
de desenvolvimento.
balan?o de
pagamentos,
c?mbio relativamente
desvalorizado
estímulos
de investimento
impactando
acumula??o
capital.3 Quanto à quest?o de inova??es tecnológicas e “industrial upgrading”, um c?mbio competitivo pode
impactos positivos para o resto
da economia a partir do estímulo à produ??o de manufaturas para exporta??o.4 Num
importante
Williamson
um “development
approach”
ressaltando
import?ncia
da utiliza??o do c?mbio como ferramenta para a promo??o do desenvolvimento. Um c?mbio
competitivo
importante
desenvolvimento
econ?mico,
pois estimularia a indústria de exporta??es de bens n?o tradicionais, especialmente as manufaturas.
“commodities”
o mercado mundial, um c?mbio competitivo seria capaz de desencadear din?micas de desenvolvimento evitando o
conhecido problema da “Dutch
Disease”. Países ricos
dificuldades
desenvolver
indústria exportadora
manufaturas
e aprecia??es
decorrentes
exporta??es
“commodities”.
da Venezuela
dificultaram sistematicamente seu processo de desenvolvimento. A Indonésia, por outro lado, surge como um bom exemplo de supera??o da doen?a holandesa a partir de uma eficiente administra??o macroecon?mica.
(3) Ver Bresser-Pereira (2006, p. 3). (4) Ver Williamson ().
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 67De
import?ncia
manuten??o
de c?mbios
competitivos
crescimento
sustentável.
Rodrik (2000), por exemplo, trata dessa quest?o antes de discutir os impactos de arranjos institucionais e
abertura da conta
capital para
países em desenvolvimento.
Após ressaltar os casos de sucesso do Chile (meados dos anos 1980), Turquia (início dos 1980),
Ilhas Maurício
importante
investigar
possíveis conseqüências positivas de uma deprecia??o do c?mbio real sobre o crescimento de longo prazo de economias emergentes. No estudo “Growth Accelerations”, em conjunto com Hausman et al. (2004), encontra resultados empíricos importantes a esse respeito. Ao analisar um total de 80 transi??es de baixo para alto crescimento em países em desenvolvimento desde os anos 1960, encontram a deprecia??o do c?mbio real como um fator importante para o início do processo (Hausman et al., 2004, p. 16). No atual arranjo de crescimento “desequilibrado” da economia mundial, a subvaloriza??o
asiáticas
também merece aten??o. Um dos pilares do crescimento liderado pelas exporta??es na ?sia tem sido a administra??o da competitividade de suas moedas. Dooley et al. (2003), por exemplo, analisam a estratégia recente da China e de alguns países asiáticos de crescimento
subvalorizado.
“export-led
seguida pelos asiáticos replica o arranjo de Bretton Woods quando o marco alem?o, a lira italiana
subvalorizados
na reconstru??o do pós-guerra. Ao
a moeda local altamente competitiva,
relativamente
desvalorizado
contribuído
de investimento e
crescimento na
estratégia tem
o desenvolvimento de toda a regi?o do Leste e Sudeste Asiático nos últimos vinte anos.5 Existe também hoje uma importante literatura econométrica
que procura relacionar taxas de crescimento econ?mico com a administra??o cambial e níveis de taxa de c?mbio real. Em trabalhos sobre o tema, Cavallo et al. (1990), Dollar (1992)
entre desalinhamento cambial e crescimento econ?mico para uma longa série de países no período ; quanto mais depreciada a taxa de c?mbio, maiores as taxas de
crescimento.
Benaroya e
apresentam
evidências
em desenvolvimento nos
que confirmam os
resultados
(1992). Acemoglu
evidências
semelhantes
e crescimento.
institui??es,
políticas
macroecon?micas
e crescimento com 96 países de 1970 a 1997 n?o conseguem descartar o efeito do c?mbio real em varia??es da taxa de crescimento per capita dos países ao longo do
(5) Ver Dooley et al. (2005, p. 5).
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 68tempo.
Fajnzylber
resultados
o crescimento
latino-americanas
no período . Em toda essa literatura, um tema de discuss?o recorrente é a relativa deprecia??o
das moedas
asiáticas quando
comparadas
moedas latino-americanas
o resultado
deprecia??o
constituir
um padr?o de comportamento dos níveis de taxa de c?mbio real para essa regi?o. Para os
latino-americano,
de aprecia??o
constantes
empíricos
Latina apontam nesse sentido.
Seguindo este debate, a principal hipótese a ser testada neste estudo é a de relativa deprecia??o das moedas asiáticas quando comparadas às latino-americanas nos
de taxas de c?mbio real para países da ?sia e América Latina no período , tomando
tentativas
(sempre controversas) de mensura??o de nível do c?mbio real. Discute, ademais, aspectos do
ressaltar também que a
da literatura
do sucesso do
Sudeste Asiático
se baseou, durante muito tempo, em aspectos da política industrial e tecnológica na regi?o,
importantes
macroecon?micos
processo. Uma
import?ncia
do desenho
estratégia
macroecon?mica
desenvolvimento
países, especialmente no que diz respeito à condu??o da política cambial. O texto se divide em 3 se??es, além desta introdu??o. A se??o 1 apresenta alguns
aprecia??o
se concentrando nos conhecidos casos de populismo cambial dos anos 1970 e 1980 e nos
principais
estabiliza??o
da América
se concentra
asiáticos
estratégia
“export-led growth”
principalmente
e Cingapura desde os 1970, Malásia, Indonésia e Tail?ndia a partir dos 1980 e, mais recentemente,
tendências
comportamento
do c?mbio real para essas duas regi?es e finalmente algumas conclus?es.
1 Sobrevaloriza??es na América Latina
de crescimento
latino-americanas
distanciou
registro histórico. Países como Brasil e México que exibiam altas taxas de crescimento per capita até ent?o entram num ciclo de “stop and go” que persiste até hoje. Com a exce??o do Chile e possivelmente Col?mbia, o desempenho dos países da regi?o
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 69nos 1980 e 1990 ficou muito aquém de seu desempenho histórico. Nesse período mais recente de crescimento cíclico e infla??o fora de controle, dois elementos s?o comuns
latino-americanos:
de estabiliza??o com ancoragem cambial.
Com efeito, os
países da
América Latina s?o conhecidos por sua longa tradi??o de populismo econ?mico que traz em seu bojo descontroles or?amentários e ciclos de aprecia??o cambial. Crises no balan?o de
pagamentos
inflacionários
constantes
latino-americanas.
sobrevaloriza??o
indisciplina
dois ingredientes
especialmente
comparados com países do Leste e Sudeste Asiático.
A sobrevaloriza??o cambial foi também largamente utilizada em países da América
substitui??o
importa??es
a industrializa??o
substitutiva
importa??es
Funcionava
forma indireta de taxa??o sobre a exporta??o de “commodities”. Transferia para o setor industrial
exporta??es
agrícolas
se beneficiavam do elevado nível de pre?os dos bens primários. Entretanto, a partir da consolida??o da industrializa??o, a estratégia passou a ser contraproducente na medida
dificultava
penetra??o
latino-americanos
no mercado
internacional.
aprecia??o
decorrentes
episódios populistas e de estabiliza??o tiveram graves conseqüências no desenvolvimento do setor de bens comercializáveis n?o tradicional da regi?o. Como destacam alguns autores,
sobrevaloriza??o
o desenvolvimento da América Latina como na fase de industrializa??o substitutiva de importa??es (ISI) na década de 1970.6
defini??o distinta
tradicional
política, associado
carismáticos
o intermédio
políticos.
or?amentários recorrentes como conseqüência de aumentos salariais acima da produtividade do trabalho ou ainda que promovem aprecia??es cambiais com o intuito de aumentar os salários reais, estariam incorrendo em populismo econ?mico. Melhoram o bem-estar dos trabalhadores no curto prazo com vistas ao ciclo político sem levar em considera??o as conseqüências de longo prazo de tais políticas. A lógica populista produz
distor??es
benéficos
grandes desajustamentos no longo prazo. O desalinhamento da taxa de c?mbio no sentido de sobrevaloriza??o é uma poderosa ferramenta de aumento de salários reais sem contrapartida
estruturais
comercializáveis
comercializáveis, especialmente
salários nominais,
representa um
significativo
salário real.
(6) Ver, por exemplo, Fishlow (2004, p. 228).
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 70O
demanda provocado
políticas
populistas
uma contrapartida em aumento
da capacidade produtiva. O esgotamento
das reservas cambiais e a incapacidade de financiamento do setor público resultam em crises de balan?o de pagamentos, insolvência fiscal e acelera??o inflacionária. A perda de bem-estar
decorrente
populistas
por superar em muito o ganho transitório do que ficou conhecido nessa literatura como “distributivismo ingênuo”. O
aumento artificial dos salários reais provoca fortes desequilíbrios internos e externos que prejudicam a situa??o dos trabalhadores em termos de ganhos reais e emprego (Canitrot, ]). Nos
tradicionais
macroeconomia
América Latina, a economia é descrita por dois setores: um primeiro baseado em bens n?o comercializáveis compostos por servi?os e manufaturas e intensivo em trabalho e um
comercializáveis
agrícolas, especialmente dependentes da terra. A produ??o de manufaturas do primeiro setor depende de
elevado protecionismo e
para o mercado
Os bens agrícolas do segundo setor s?o produzidos principalmente para o mercado externo, como nos casos tradicionais da Argentina e Brasil. Devido
desigualdade
populistas tentam transferir recursos para as classes mais baixas através do aumento do gasto público. A expans?o monetária decorrente do financiamento dos déficits públicos reduz
aquecimento
da economia
comercializáveis
e aumento de importa??es de bens de consumo e capital. A prática de taxas fixas de c?mbio somada aos aumentos da infla??o resulta em sobrevaloriza??es cambiais. O
postergado,
inicialmente
trabalhadores, geralmente
comercializáveis.
desvaloriza??o
transferência
mais privilegiadas
agrícolas
das oligarquias rurais para o mercado mundial (Sachs, 1991, p. 130). Importa aqui destacar a trajetória do c?mbio nesses ciclos. Ao apreciar o c?mbio real, o governo aumenta salários reais de forma artificial devido à redu??o do
comercializáveis.
como conseqüência um acréscimo do consumo agregado, voltado para bens importados. Como
produtividade,
o acréscimo
especialmente
importados,
financiado
por endividamento
excessivos
comerciais
agravamento
das contas externas resultam numa crise no balan?o de pagamentos.7 Na
programa populista,
restri??es macroecon?micas permitem
endividamento
(7) Ver Bresser-Pereira e Nakano (2003, p. 16).
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 71planos desse tipo s?o implantados após situa??es recessivas ou de ajustamento. A expans?o
decorrente
e salários,
credibilidade
autoridades
manuten??o
do programa. A economia atinge ent?o pontos de estrangulamento. Déficits públicos, déficits
postergado
generalizada
de produtos, acelera??o extrema da infla??o e a defasagem cambial estimulam fugas de
desvaloriza??o
cambial segue
conseqüência
ajustamento.
seqüência,
de estabiliza??o ortodoxo imp?e grandes custos sociais, com redu??es consideráveis nos
conseqüências
se perpetuar,
investimentos
as desvaloriza??es s?o acompanhadas
medidas de controle
acabam também por estimular o surgimento de mercados paralelos de divisas. Muitos autores analisaram episódios de populismo econ?mico na América Latina. Sachs (1991) discute três ciclos entre 1970 e 1990: Chile durante os anos ,
períodos, podem-se observar as características acima elencadas: descontrole do or?amento, intensa
aprecia??o
pagamentos
descontrole
da infla??o.
observa-se
crescimento
num primeiro
recessivos.
no período 1971-1973, José Sarney entre
e Alan Garcia de 1985 a 1988 teriam todos, a seu modo, praticado o tipo de política econ?mica descrita acima. Sachs vai além e identifica no populismo econ?mico uma das causas fundamentais das
latino-americanas:
a explicar
nada menos do
latino-americanos (Argentina, Brasil, México, Nicarágua e Peru) com taxas de infla??o de três dígitos” (Sachs, 1991, p. 126). A recorrência dos ciclos populistas na América Latina chama a aten??o. O ciclo
característico
de melhorar a distribui??o de renda na regi?o, “again and again, and in country after country, policymakers have embraced economic programs that rely heavily on the use of expansive fiscal and credit policies and overvalued currency to accelerate growth
redistribute
e Helwege (1991) tratam do populismo clássico de Perón na Argentina entre os anos de 1946 e
1949, além do caso chileno no período Allende. Analisam também o período
sandinistas
Nicarágua,
grande sobrevaloriza??o
entretanto,
a situa??o da Nicarágua na década de 1980 se aproxima muito mais de um programa socialista do que de um caso de populismo econ?mico. Cardoso e Helwege (1991)
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 72e Bresser-Pereira (1991) também identificam tra?os de populismo no ajustamento brasileiro do início dos anos 1980 e no governo Sarney entre 1985 e 1987. A administra??o do c?mbio nominal foi também amplamente utilizada ao longo
instrumento
inflacionário.
das ?ncoras cambiais, a
fixa??o do
comercializáveis na
moeda local através do congelamento do c?mbio nominal introduz forte press?o estabilizadora no
“tablitas”
via administra??o do c?mbio nominal, a prática de desvaloriza??es nominais menores do que o aumento de pre?os tem como principal fun??o coordenar as expectativas inflacionárias.
penetra??o
importados
tecido econ?mico
comercializáveis
na economia,
infla??o através
administra??o
do c?mbio.
tradicional
estratégia
à aprecia??o
sobrevaloriza??o
Admitindo-se
os processos
inflacionários
acompanhados
congelamento nominal do c?mbio ou uma redu??o no ritmo de desvaloriza??es nominais ser?o usualmente
acompanhados
aprecia??o
de pre?os. O efeito será tanto mais intenso quanto maior for o aumento de pre?os dos bens n?o comercializáveis n?o expostos à concorrência dos bens importados.
administra??o
que exclusivamente
comercializáveis.
de estabiliza??o
estratégia
conseguirem
comercializáveis
bens comercializáveis.
n?o comercializáveis,
probabilidade
ocorrência
desalinhamentos cambiais
pagamentos.
Dependendo
intensidade
da aprecia??o
populismo cambial poderá ser desencadeado, resultando em grandes crises externas.8 Ao discutir as diversas abordagens em rela??o à política cambial, Corden (2002) resume a estratégia da ancoragem cambial nos processos de estabiliza??o ao caracterizar o “nominal anchors approach” em rela??o a taxas de c?mbio. Nos casos
Argentina,
por exemplo, a fixa??o da taxa de c?mbio em rela??o a alguma moeda com histórico de baixa infla??o é uma ferramenta poderosa para conter processos inflacionários e
expectativas.
do sistema,
substituindo
de agregados monetários. Nesse tipo de abordagem, a ?ncora cambial pode fornecer disciplina e credibilidade ao transmitir o sinal de que déficits públicos n?o ser?o monetizados e aumentos de pre?os e salários n?o ser?o sancionados por aumentos
(8) Ver Dornbusch, 2002 (p. 251).
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 73de
monetária.
possíveis
efeitos colaterais
ancoragens cambiais
importante instrumento de política econ?mica, o ajuste do c?mbio real. As conseqüências da utiliza??o desse tipo de estratégia em termos de recess?o e desemprego podem ser bastante intensas.
Um bom exemplo de sobrevaloriza??o cambial decorrente de programas de controle inflacionário está nos planos de estabiliza??o do Cone Sul (Argentina, Uruguai
desvaloriza??o cambial menor do que o ritmo de aumento de pre?os na tentativa de coordenar as expectativas inflacionárias, os planos de estabiliza??o latino-americanos acabaram por criar fortes passivos externos que resultaram na maioria das vezes em crises de balan?o
pagamentos.
Díaz-Alejandro
“contar com
desvaloriza??o
declinante
pré-anunciada
c?mbio como instrumento-chave para baixar a infla??o também parece ser excessivamente arriscado.
persistente
de comércio internacional pode levar a sobrevaloriza??o” (p. 92). Dentre muitos
autores que trataram do
assunto, Dornbusch
(1995) analisam
significante
aprecia??o
na América Latina decorrentes de planos de estabiliza??o de pre?os: México 1978-1982,
as semelhan?as do que teriam sido dois grandes ciclos de aprecia??o resultantes em grandes
pagamentos
o desempenho chileno com o mexicano depois da crise da dívida, d?o grande ênfase à política cambial competitiva praticada pelo Chile como um dos principais fatores responsáveis pelo seu sucesso, comparado ao relativo fracasso mexicano.9 A
representa
paradigmático
sobrevaloriza??o cambial e crise nos anos 1990. Depois da bem sucedida implanta??o da caixa de convers?o
programa de
estabiliza??o no
início dos
c?mbio real
se apreciou
consideravelmente,
especialmente
fortalecimento
na segunda
desvaloriza??o
brasileira
os principais ciclos de aprecia??o da América Latina nos anos 1990 est?o associados a
estabiliza??o:
1987, Brasil
Argentina 1991. A utiliza??o
da ancoragem cambial
nos três planos,
entre outras medidas, trouxe
conseqüência
aprecia??es
por resultar
e Argentina em 2001.
estabiliza??o
1970 também
semelhan?as
implanta??o, observa-se
considerável
aprecia??o
(9) Ver Dornbusch et al. (1995, p. 259).
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 74acaba por terminar numa crise em 1982. Os quatro ciclos foram muito parecidos com os episódios de populismo cambial discutidos acima. Inicialmente observou-se
crescimento
aumentaram,
consumo aumentou,
endividamento
finalmente
de pagamentos entrou
em colapso, seguido
de forte deprecia??o cambial. Todos
acompanhados
aprecia??o cambial
da crise.10
associadas
a problemas de aprecia??o cambial. Palma (2003), por exemplo, identifica três rotas para crises financeiras em países em desenvolvimento desde a crise da dívida de 1982. Na primeira, representada principalmente pelas experiências de liberaliza??o financeira
estabiliza??o
1975-1982,
argentina , houve grande aumento de crédito ao setor privado, sobrevaloriza??o cambial, bolhas nos mercados de ativos e um “boom” de consumo de importados. Na segunda rota seguida pelo Brasil entre , a tentativa de se evitar os erros
A esteriliza??o dos
de capital
de altas taxas
de juros para evitar
dificuldade
públicos acabou por
colocar a din?mica da
dívida pública em trajetória insustentável. Na terceira rota, representada pelo caso da Coréia do Sul entre 1988-1996, a queda no pre?o de componentes eletr?nicos no
mercado internacional devido à entrada da forte concorrência de Taiwan levou a queda nas margens de lucro das empresas coreanas que passaram a buscar financiamento no endividamento externo.
sobrevaloriza??es
resultantes
estabiliza??o inflacionária em muito se assemelham aos episódios de populismo econ?mico. A fixa??o
desvaloriza??es associadas
comercializáveis
gerando resultados parecidos aos dos programas populistas. Ambos produziram excessivos aumentos
comercializáveis
aos comercializáveis
resultando
desalinhamento
das exporta??es
importa??es
endividamento externo e, no limite, crises.
2 Subvaloriza??es no Sudeste Asiático
principais
asiáticas,
Taiwan, Cingapura, Hong Kong, Indonésia, Malásia e Tail?ndia cresceram em termos per capita a uma taxa de 5,5% ao ano no período . Nos anos 1990, mesmo com a crise de 1997, a taxa média de crescimento per capita desses países, com a
(10) Para uma análise resumida dos casos de Chile, México e Brasil, ver Dornbusch (2002, p. 252-262).
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 75exce??o
latino-americanos.
Mais recentemente,
apresentando
crescimento semelhantes ao modelo asiático. A controvérsia sobre as causas do sucesso dessa experiência, especialmente para o primeiro grupo de economias, persiste até hoje. O debate gira principalmente em torno do papel da interven??o do estado nesse processo
desenvolvimento.
a import?ncia de “market friendly polices” como estratégia responsável pelos bons resultados dessas economias e assinala, de modo algo contraditório, o problema do “crony capitalism” como uma das principais causas da crise asiática de 1997. Os críticos, dentre os quais se destacam Amsden (1989), Wade (1990), Rodrik (1994) e
import?ncia
interven??o
conduzida como
responsável
liberaliza??o financeira dos anos 1990 uma das principais causas da crise de 1997.
convergência
no reconhecimento
import?ncia
estabilidade
macroecon?mica
o crescimento, especialmente no que diz respeito à manuten??o da competitividade da taxa de c?mbio. Rodrik (1994), por exemplo, critica o que chama de postura do fetichismo
exportador
relatório
mas reconhece
import?ncia
competitivos
de desenvolvimento
Williamson
a superioridade dos asiáticos ao analisar a quest?o da condu??o da política cambial em países em desenvolvimento. Nas palavras do autor, the
acknowledged
of developing
countries.
misconceived attempts to use the exchange rate as a nominal anchor. They have not allowed their currencies to become so overvalued, either by keeping their exchanges rates fixed in the face of differential inflation or by allowing them to float up too much, as to jeopardize export growth (Williamson, 1999, p. 331). O
explícito
famoso relatório de 1993, destaca a import?ncia das políticas cambiais nesse processo. A prática
relativamente
desvalorizadas
estimulado
a forma??o
din?mico setor
comercializáveis
contribuiu
a acumula??o de capital e inova??es tecnológicas nesses países. Esse teria sido um dos
“export-led
governos asiáticos
de liberaliza??es
comerciais
produtores
substitutos
importa??o. Alguns
utilizando
deliberadamente
desvaloriza??o
do c?mbio real como forma de estímulo ao setor exportador. Nesses casos, a política cambial teria se integrado com as políticas fiscal e monetária numa estratégia geral de “export-led growth”. “Taiwan, China, is the most notable example of this, but
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 76Korea
deliberately
undervalued
currencies
boost exports” (World Bank, 1993, p. 125). O relatório
destaca três
casos de forte
interven??o cambial com vistas à manuten??o da competitividade externa. Os grandes superávits em conta corrente de Taiwan no período de 1984 a 1987 (com média de 16% do PIB e um pico de 20% em 1986) resultaram de esfor?os do governo de Taiwan para manter a moeda desvalorizada. Uma aprecia??o da moeda anularia rapidamente esse resultado de conta
prejudicando
estratégia
crescimento
pelas exporta??es. A Coréia do Sul também interveio fortemente no meio dos 80 para evitar
aprecia??o
expressiva
acumulando
a competitividade
desvaloriza??o
Indonésia
foi claramente
pagamentos
n?o apresentava problemas nesse ano. A deteriora??o de suas contas externas em 1982 teve
desempenho
medidas tomadas no final dos anos 1970.11 Sobre
asiáticos
estratégias
desenvolvimento,
contraste com
especialmente
a aten??o para o
que foi um dos principais
do aumento de produtividade dos primeiros: promo??o deliberada de manufaturas para exporta??o. Destaca que depois
substitui??o
importa??es,
países mudaram
estratégia
industrializa??o
exporta??es (EPI),
especialmente
necessidade
de mercados externos para a produ??o doméstica, esse grupo de países, Hong Kong, Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan, Indonésia, Malásia, e Tail?ndia, teria adotado uma série de estímulos para as exporta??es. Outros estudos também destacam uma administra??o pró-competitividade da taxa de c?mbio na ?sia. Dornbusch e Park (1999) ressaltam alguns casos de países asiáticos que perseguiram metas de c?mbio real para favorecer exporta??es nos
especialmente
da sobrevaloriza??o do início dos anos 1980, maior aten??o passou a ser dada para a trajetória
the nation’s export competitiveness and
monetary stability. Occasionally it administers
government” (D Park, 1999, p. 28). No caso de Cingapura, por exemplo, a autoridade monetária além de zelar pelo controle de pre?os “is also watchful of the impact of the
competitiveness. This
renders interest rate policy subordinate to exchange rate policy” (p. 27). Na
semelhante.
os autores,
interviria
freqüência
(11) Ver também, a respeito, Belluzzo e Tavares, 2005, p. 229.
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 77estabilizar
competitividade
exporta??es
no mercado internacional. Ao analisar vinte anos de política econ?mica na Coréia do Sul, Rhee e Song (1999, p. 80) também destacam a preocupa??o das autoridades monetárias coreanas na administra??o de um nível competitivo do won. Ao longo dos anos 1980, o país passou por um breve ciclo de aprecia??o por conta do bom desempenho das exporta??es, especialmente no meio da década. A interven??o do Banco Central foi assimétrica no sentido de privilegiar as exporta??es.12 No início dos
autoridades
monetárias
dificuldade
a aprecia??o do won devido aos intensos fluxos de capital. A estratégia de compra de reservas foi permanente e no ano de 1993 o Banco Central comprou mais de 1,8 bilh?o
Num estudo
asiáticos, Barrell et al. (1999) identificam práticas de defesa de competitividade via política cambial na Coréia do Sul, Taiwan e Tail?ndia, mas reduzem sua import?ncia em Cingapura (Barrell et al., 1999, p. 271).
importante
entretanto,
alguma aprecia??o
ser observada
especialmente
dólar come?a a se apreciar mais fortemente em rela??o ao yen. Coréia do Sul, Filipinas, Malásia
relativa aprecia??o com possíveis impactos na crise de 1997.13 Como destaca Lim (2004), ao permitir a aprecia??o de suas moedas, estes países estavam agindo em sentido contrário a sua estratégia de sucesso. Além da
quest?o dos excessivos fluxos de capital de curto prazo e regula??o e supervis?o bancária apontada por muitos como uma das principais causas da crise asiática, o autor destaca o problema dos déficits em conta corrente e sobrevaloriza??o cambial. “This last was what made the East Asian countries eventually `un-East Asian` since the earlier East Asian stereotype was a high saver and a high earner of foreign exchange” (Lim, 2004, p. 67). A China representa atualmente um bom exemplo da estratégia de política cambial
perseguida
pelos asiáticos.
relatório de
Mundial também
import?ncia
desvaloriza??o
cambial deliberada do governo chinês presente na estratégia de promo??o de exporta??es e crescimento
estratégia
permanentemente desvalorizado tem levado a um crescimento sustentado de seu estoque de capital e produto. Um c?mbio competitivo estimula exporta??es, promove investimento e, portanto, favorece a acumula??o de um estoque de bens de capital de alto padr?o voltado para a produ??o de bens comercializáveis.15
(12) Cf. Rhee e Song (1999, p. 80), ver também Medeiros (1997, p. 302). (13) Ver Montiel (2003) e Lim (2004). (14) Cf. World Bank (1993, p. 59); ver também Medeiros (1997, p. 303). (15) Para uma análise do caso japonês, ver Eichengreen e Hatase (2005).
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 78O
funcionamento
de fluxos de capital, provocaria um ajustamento dos excessivos superávits na conta comercial e na conta corrente da China através de uma aprecia??o cambial. Um c?mbio mais apreciado estimularia o consumo de bens importados, revertendo o saldo da balan?a comercial e desestimularia o investimento na produ??o de bens comercializáveis
relativos.
ponto interessante nesse argumento é que a interven??o do governo do mercado cambial através
favorável
ao crescimento. N?o está claro se uma estratégia de c?mbio flutuante, com decorrente aprecia??o, seria ent?o melhor para a China hoje.16 No arranjo atual da economia global, Dooley et al. (2003) identificam três regi?es
estratégia
econ?mica.
do sistema é
formado pela economia americana
que n?o tem grandes preocupa??es com
comportamento
moeda reserva
internacional.
americanos decorrentes
e governo s?o financiados com poupan?a
dos países
que se encontram na chamada “current
account region”, composta basicamente por países do Leste e Sudeste Asiático. Estes têm como estratégia exportar poupan?a para a economia americana através de uma produ??o maior do que suas necessidades de absor??o, crescem,
despoupan?a
regions”, compostas principalmente pela Europa e América Latina, optaram por se integrar financeira e n?o comercialmente ao sistema global. Nessa estratégia, a manuten??o de um superávit na balan?a comercial e nas contas correntes n?o é prioritária. Como o superávit comercial e em contas correntes é uma meta da “current account
estratégia
relativamente desvalorizado
interven??es
de necessidade
que auxiliem
dificuldade
estratégia
press?es especulativas no sentido de aprecia??o da moeda. O acesso a fundos é dificultado a
da autoridade monetária que compra reservas e as aplica em títulos americanos. No caso dos países das “capital
regions”, os eventuais superávits em conta corrente
transformam
aprecia??o
estímulo exportador.
privilegia-se
aplica??es
agentes privados no sistema internacional. Esses países operam sem controles de capital e com c?mbio flutuante. Em
históricos,
economia mundial
pós-guerra.
(16) Ver Eichengreen (2004).
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 79sistema
A estratégia
reconstru??o
hoje. Através de um crescimento liderado pelo setor exportador, os países destruídos na guerra reconstruíram seu estoque de capital. Praticavam taxas de c?mbio fixas e controles de capital que contribuíam nessa dire??o, sendo importante notar que à época
obrigatórios
opcionais.
o desenvolvimento econ?mico surgiu naturalmente um lobby contrário aos controles de
desenvolvimento industrial
desenvolvimento
financeiro
processo desmontou o arranjo de Bretton Woods.
atualmente
foi recarregada e assistimos a um processo parecido com o que se observou entre os anos
desse contexto é a sustentabilidade dos déficits americanos. A vis?o padr?o contida nas idéias do “consenso de Washington” teme um ajustamento abrupto desse arranjo que traria conseqüências negativas para a economia americana e para o resto do sistema
esse ajustamento seria gradual e ainda poderia levar muito tempo. Como destacam, o arranjo é funcional para o desenvolvimento da regi?o asiática que vem crescendo de
sustentada
incorporando
de trabalho nos últimos anos. Somente a China contaria ainda com 200 milh?es de trabalhadores
no mercado
a estratégia
de desenvolvimento da “current account region” que é plenamente compatível com os objetivos americanos atuais de crescimento com endividamento. Dentro dessa lógica,
aprecia??o
asiáticas
acréscimo
do componente
exporta??es
como espelho do balan?o de pagamentos asiático17.
3 Evolu??o da taxa de c?mbio real na ?sia e América Latina
O Gráfico 1 apresenta o comportamento da taxa de c?mbio real em rela??o ao dólar americano (calculada a
partir dos dados de Easterly, 2001) para alguns dos
principais
aprecia??o
1970-2000. Destacam-se os casos de populismo elencados por Sachs (1991), os episódios de liberaliza??o financeira e estabiliza??o analisados por Palma (2003) e os casos de aprecia??o
ressaltados
compara??o
as moedas asiáticas e latino-americanas nos anos 1990, percebe-se que os ciclos de aprecia??o dos primeiros foram muito maiores. Coréia do Sul, Tail?ndia e Malásia apresentaram também alguma aprecia??o em rela??o ao dólar nos anos de 1995,
(17) Ver também Belluzzo (2005).
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 80Ciclos de aprecia??o na America Latina e Sudeste Asiático60,0080,00100,00120,00140,00160,00180,00200,00220,001970 1975 1980 1985 1990 1995 2000Chile 70-73Chile 75-81 Peru 85-87Korea 88-96 Thailand 88-96Malaysia 88-96Argentina 78-80Argentina 90-01Mexico 87-94Mexico 78-81Brasil 93-98Brasil 85-871996
latino-americanos. Alguns autores argumentam que a aprecia??o em alguns dos
países asiáticos foi um dos fatores responsáveis pela crise de 1997.18
Gráfico 1 Ciclos de aprecia??o na América Latina e Sudeste Asiático
Fonte: Elabora??o do autor a partir de dados de Easterly (2001).
de Easterly
construir uma
aprecia??o
América Latina no período . Definindo-se um ciclo de aprecia??o cambial como uma seqüência de n anos com um c?mbio real médio superior a x% em rela??o a um ano-base, podem-se calcular ciclos de aprecia??o a partir da divis?o da média de
subseqüentes
Analisando-se
a ocorrência desses rápidos ciclos de aprecia??o cambial na ?sia e América Latina, encontra-se uma grande diferen?a. Para três anos com aprecia??o média de 30% em
encontram-se
nove ciclos
aprecia??o
para América
parecem constituir dois
continente.
se estende em um ano o ciclo, ou seja, quatro anos de c?mbio real médio 30% acima do ano-base, encontram-se 24 anos base e 11 ciclos para a América Latina e cinco anos base com ainda dois ciclos para a ?sia. Relaxando-se as restri??es do ciclo de aprecia??o para um c?mbio real médio superior em três anos a 15% do ano-base encontram-se 59 casos para a América Latina e 25 para a ?sia. Com
do protecionismo em trajetórias de crescimento, Dollar (1992) constrói um índice de
(18) Ver Lim (2004), por exemplo.
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 81distor??o cambial ou “outward orientation” para 95 países no período . Baseando-se nos dados de Summers e Heston, compara níveis de pre?os relativos entre esses países e os Estados Unidos. Aplica, ademais, um ajuste de renda per capita para corrigir o efeito Harrod-Balassa-Samuelson que vincula aumentos do nível
aprecia??es
“outward orientation” calculado pelo autor, um alto nível de pre?os relativos significa um c?mbio real apreciado e maior protecionismo tarifário e um baixo nível de pre?os significa
protecionismo
relativamente
depreciado.
Alguns autores, como Rodrik (1994), por exemplo, criticam o trabalho de Dollar (1992) argumentado que seu índice n?o é adequado para medir graus de protecionismo, sendo muito mais apropriado para medidas de aprecia??o cambial. Seguindo essa interpreta??o, os
resultados de Dollar apontam para uma relativa
desvaloriza??o nas moedas dos países asiáticos quando comparados a América Latina e ?frica. Para o período , o autor encontra uma aprecia??o relativa de 33% das moedas latino-americanas e de 86% das africanas em rela??o às asiáticas.19
Ao medir posi??es de c?mbios reais para os anos de 1993 e 1998 a partir de desvios de PPP para 61 países desenvolvidos e em desenvolvimento, Benaroya e Janci (1999) também encontram evidências de que moedas asiáticas estavam em posi??es relativamente depreciadas em rela??o ao dólar americano em linha com Dollar
medir posi??es
34 países.
subvaloriza??es e
sobrevaloriza??es de moedas baseando-se no pre?o do Big Mac em dólares em cada país, “the perfect universal
commodity”.
desvaloriza??o
?sia, especialmente nos países do ASEAN: Malásia, Cingapura, Tail?ndia, Filipinas e Indonésia (Ong, 1998, p. 89).
tradicionais
compara??es
Mac PPP index), constrói um índice para corrigir o que chama de “productivity
bias” resultante
Harrod-Balassa-Samuelson.
varia??es cambiais um componente de aumento de produtividade que usa como “proxy” o PIB
relativa subvaloriza??o das moedas asiáticas, novamente com destaque para os países do ASEAN. Ong (1997) mostra que para a média do período 1986-1994 o ringgit da Malásia,
subvalorizados respectivamente em 53%, 26% e 19% em rela??o ao dólar americano. Para o ano de 1997 o índice apresenta alguma valoriza??o, indo de encontro à interpreta??o de
sobrevaloriza??o
asiáticas
contribuído para a crise de 1997. Em
Rajapatirana
Athukorala
(19) Cf. Dollar (1992, p. 539); para uma análise de aprecia??es na ?frica, ver Ghura e Greenes (1993) e Shatz e Tarr (2000).
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 82América
aprecia??o
moedas asiáticas em rela??o a uma cesta de moedas de parceiros comerciais foi menor do que
latino-americanas,
especialmente
uma análise de “real exchange rate targeting” na ?ndia, ver Patel 1997). As aprecia??es latino-americanas
situaram-se
asiáticas
Filipinas (R Athukorala, 2003, p. 625). Segundo cálculos dos autores, para cada 1 ponto percentual de acréscimo de fluxos de capital no período, com a exce??o de investimento direto externo, observa-se uma aprecia??o de 1,7 pontos percentuais nas moedas de países da América Latina e 0,56 pontos percentuais para a média de toda a amostra. Curiosamente, os autores encontram uma correla??o negativa entre investimento direto estrangeiro (IDE) e o nível do c?mbio. Quanto maior o IDE, mais depreciado o c?mbio real. Esse resultado poderia ser explicado pelo o que os autores chamam de “tradable bias” presente no IDE, ou seja, a tendência destes investimentos se concentrarem primordialmente no setor de comercializáveis, que necessita de uma taxa de c?mbio mais competitiva.
crise mexicana de 1995 e seus efeitos em 20 países
emergentes. Elencam três fatores como
principais
explica??o
sobrevaloriza??o
cambial, baixo nível de reservas cambiais e falta de solidez no sistema financeiro. Segundo os
apresentavam essas
três características
sofreram com muito
intensidade
Filipinas.
a posi??o de c?mbios reais em rela??o à cesta de moedas de parceiros comerciais no período
c?mbios relativamente
apreciados
compara??o
da ?sia, com a exce??o de Chile e Col?mbia. Na ?sia, as Filipinas s?o a exce??o, “a striking fact in the data is that the Latin American countries experienced sharper real appreciations than did East Asian economies” (Sachs et al., 1996, p. 4). Comparando-se as médias da posi??o de c?mbios reais para 10 economias de
complementados
o cálculo
1970-1985,
a tendência
posi??es das
asiáticas
latino-americanas
longo período de 30 anos. A média dos índices para os 10 países latino-americanos no período
equilíbrio
PPP (representado pelo eixo horizontal no Gráfico 2) em rela??o à moeda americana enquanto para as moedas asiáticas a média dos índices de c?mbio real atinge 82,7, ou
percentuais
equilíbrio
abaixo mostram
Latina parecem estar relativamente apreciados em rela??o aos asiáticos no período 1970-1999.
Argentina,
apresentam
tendência
de deprecia??o
aprecia??o
apresentam
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 83Nível de C?mbio Real - Asia e América Latina-80,00-60,00-40,00-20,000,0020,0040,0060,0080,00100,00120,00140,00ArgentinaPeruBoliviaParaguayBrazilChileUruguayVenezuelaMexicoColombiaTaiwanKoreaSingaporePhillipinesIndiaIndonesiaMalaysiaThailandSri LankaPakistanmédia 70-79 média 80-89 média 90-99aprecia??o
deprecia??o
Col?mbia apresentam uma
tendência
persistente
deprecia??o nos
?sia, Taiwan, Coréia do Sul e Cingapura apresentam uma tendência de aprecia??o nos últimos anos. Todos outros países da amostra, ?ndia, Tail?ndia, Malásia, Filipinas, Indonésia,
apresentam
tendência
recorrente
à deprecia??o.
Gráfico 2 Nível de c?mbio real – ?sia
Fonte: Elabora??o do autor a partir de dados de Easterly (2001).
Importante notar que as aprecia??es na América Latina est?o muito mais ligadas a ciclos populistas e programas de estabiliza??o do que a um desempenho exemplar do setor exportador. As aprecia??es de países como Taiwan, Coréia do Sul e Cingapura est?o associadas ao sucesso exportador e recorrentes períodos de superávits
pressionar
As aprecia??es
asiáticas
latino-americanas
desempenhos
de produtividade. Para ficar em três exemplos, as rendas reais per capita de Taiwan, Coréia
norte-americana no final dos anos 1960 para mais de 60% no final dos anos 1990, sendo que Cingapura atingiu mais de 80% da renda per capita dos Estados Unidos em 1999. Em 1995 o superávit em transa??es correntes de Cingapura atingiu 14% do PIB e foi quase que totalmente utilizado para comprar reservas que eram à época da ordem de U$ 67 bilh?es para uma popula??o de 3 milh?es de habitantes. O
compara??o
distor??es
entre países, medidas
como desvios do
c?mbio real
em rela??o à regra
Harrod-Balassa-S
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 84Nível de distor??o do C?mbio Real - Asia e América Latina-100,00-50,000,0050,00100,00150,00200,00250,00ArgentinaPeruBoliviaParaguayBrazilChileUruguayVenezuelaMexicoColombiaTaiwanKoreaSingaporePhillipinesIndiaIndonesiaMalaysiaThailandSri LankaPakistanmédia 70-79 média 80-89 média 90-99determinado
seus parceiros comerciais (ver Dollar, 1992). A partir desse índice de corre??o cambial *RER, a diferen?a entre os dois grupos fica ainda mais clara.
Gráfico 3 Nível de distor??o do c?mbio real – ?sia e América Latina
Fonte: Elabora??o do autor a partir de dados de Easterly (2001).
A média dos índices de distor??o no período
atinge 79,67 para os
asiáticos
latino-americanos.
asiáticos,
Filipinas,
apresentam
tendência
de desvaloriza??o
latino-americanos,
do índice segue o comportamento do c?mbio real apresentado acima. Peru e Uruguai apresentam
tendência
aprecia??o
contínua.
Argentina,
México apresentam
tendência
deprecia??o
aprecia??o
1990. Bolívia
apresentam
aprecia??o
deprecia??o
1990. Paraguai, Col?mbia e Chile apresentam uma tendência persistente à deprecia??o nos últimos anos. Utilizando-se os dados de Easterly (2001) para uma simples regress?o em “cross-section”
desenvolvimento
“dummies”
?sia, ?frica, América Latina e Europa, o nível de c?mbio real RER apresenta também grandes
diferen?as
regionais.20
“dummies”
s?o significantes a 5% e apresentam o sinal esperado. No período , países localizados
duas regi?es
apresentaram
c?mbios reais
valorizados
latino-americanos
e africanos apresentaram, respectivamente, níveis de c?mbios reais mais apreciados
(20) Ver Gala e Lucinda (2006) para uma discuss?o detalhada acerca da constru??o destas séries.
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 85em 27 e 38 pontos percentuais quando comparados a países asiáticos. Essa simples regress?o representa mais evidências da discuss?o apresentada até ent?o.
Tabela 1 Variável dependente: Ln C?mbio Real
M.Q.O. ?frica
(3.5325) América Latina
(2.4614) Europa
(0.6461) Constante
(52.9745) N-Obs
0.195 * p&0.05, ** p&0.01, *** p&0.001
Fonte: Elabora??o do autor.
Conclus?es
regress?es
dependeriam, obviamente,
empíricas
detalhadas
diversos determinantes do nível do c?mbio real nessas regi?es.
Dois padr?es
na América Latina e ?sia, Sachs (1985) conclui que o ajuste superior dos últimos se deveu primordialmente ao manejo da política cambial e ao regime de comércio de suas economias. Com a exce??o das Filipinas, nenhum país do Leste ou Sudeste Asiático
“default”
da latino-americana.
três características comuns e uma distinta que seria
responsável pelo
seu sucesso na transi??o
endividamento
asiáticos haviam
praticamente
contraído
equivalente
latino-americana.
A Indonésia, por exemplo, exibia um coeficiente de dívida externa sobre PIB de 28% em 1980 e a Coréia do Sul de 27,6% em 1981, ambos maiores do que o índice do Brasil de 26,1% para o mesmo ano. Com rela??o ao choque nos termos de troca, a situa??o n?o foi diferente. Sachs argumenta que alguns países asiáticos sofreram uma deteriora??o ainda maior do que países da América Latina. Por fim, quanto à quest?o de tamanhos e formas de
atua??o do
estado nas duas
regi?es, destaca a semelhan?a do grau de interven??o dos governos no processo de desenvolvimento de ambas. A grande diferen?a entre as duas regi?es estaria no regime de comércio e na
administra??o
concentrou
Paulo Gala Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 86processo de substitui??o de importa??es voltado para o mercado interno com forte viés
aprecia??es
asiáticos
perseguiram
de estímulo às exporta??es, com práticas constantes de c?mbio reais competitivos. A explica??o
superioridade
dívida estaria,
existência
bens comercializáveis,
necessários
dívida externa. A diferen?a entre essas duas regi?es aparece claramente na compara??o da
exporta??es
Indonésia, Coréia do Sul, Malásia e Tail?ndia apresentavam uma média ponderada de 0,821 em 1981 contra uma média de 2,715 para Argentina, Brasil, Chile, México, Peru e Venezuela
identifica
relativa aprecia??o das
moedas latino-americanas
em rela??o às
asiáticas para
período 1979-81 comparado a , com a exce??o de Brasil e Peru.
Estendendo a análise de Sachs (1985), a história aqui apresentada parece se resumir a uma tendência recorrente de ciclos de sobrevaloriza??o na América Latina
subvaloriza??o
especialmente
1970. Enquanto
sobrevaloriza??o
cambial, com o já conhecido populismo econ?mico dos anos 1970 e 1980 e com os planos de
estabiliza??o
asiáticos
concentraram-se
sua estratégia de “export-led growth” com estímulo permanente ao setor exportador, evitando fortes aprecia??es cambiais. Ao perseguir o controle fiscal e promo??o de exporta??es,
asiáticos
latino-americanos. Enquanto
instrumento
populismo econ?mico e ferramenta de estabiliza??o, os segundos parecem ter usado o c?mbio como
exportador,
mantendo-se
estratégia
de desenvolvimento. Nesse sentido, a estratégia de industrializa??o com promo??o de exporta??es (EPI) do Leste e Sudeste Asiático provou-se muito mais eficaz do que a estratégia de substitui??o de importa??es latino-americana (ISI).
evidências
apresentadas
recorrente subvaloriza??o
asiáticas
comparadas
latino-americanas, especialmente ao se levar em considera??o alguma medida de distor??o cambial que considere varia??es de produtividade. Esses resultados tendem a comprovar a hipótese levantada no início do trabalho e est?o em linha com a literatura empírica que
import?ncia
competitivos
explica??es para o relativo sucesso dos países do Leste e Sudeste Asiático nos últimos 30 anos, notadamente
desempenho
decepcionante
latino-americanos
africanos.
obviamente,
dessa estratégia dentro de cada regi?o. Na América Latina, a mais notável exce??o é a economia chilena que parece ter mudado para um padr?o asiático de administra??o cambial em meados dos 1980. Na ?sia, a exce??o fica por conta das Filipinas, o
Dois padr?es de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, abr. 2007. 87mais latino-americano dos países asiáticos. A guisa de conclus?o, parece razoável propor
uma dessas regi?es nesses últimos trinta anos que possivelmente contribuiu para o seu desempenho de longo prazo.
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