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J. bras. psiquiatr. vol.62 no.2 Rio de Janeiro Apr./June 2013
http://dx.doi.org/10.-00004
ARTIGO ORIGINAL
Fatores de risco cardiovascular em alcoolistas em tratamento
Cardiovascular risk factors in alcoholics in treatment
Mayla Cardoso Fernandes ToffoloI; Cl&udia Aparecida Marli&reII; Aline Silva de Aguiar NemerI,III
IUniversidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Escola de Nutri??o (ENUT), Programa de Pós-Gradua??o em Saúde e Nutri??o
IIUFOP, ENUT, Departamento de Nutri??o Clínica e Social, Curso de Nutri??o
IIIUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Nutri??o. UFOP, ENUT, Programa de Pós- -Gradua??o em Saúde e Nutri??o
OBJETIVO: Avaliar a presen&a de fatores de risco cardiovascular, com &nfase na hipertens&o e na adiposidade corporal, em alcoolistas abstinentes ou n&o abstinentes em tratamento.
M&ETODO: Trata-se de um estudo transversal com 65 pacientes alcoolistas em tratamento no CAP-Sad. O grau de depend&ncia do &lcool foi avaliado pelo SADD (Short Alcohol Dependence Data) e o uso de outras drogas, pelo ASSIST (Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test). Foram avaliados o perfil bioqu&mico e o antropom&trico dos usu&rios.
RESULTADOS: Participaram do estudo 42 homens e 23 mulheres. A maioria dos participantes (67,74%) apresentou depend&ncia alco&lica grave, com uso de &lcool associado principalmente a cigarro (66,15%). A m&dia da circunfer&ncia da cintura (CC) foi significativamente maior entre os abstinentes, em compara&&o aos n&o abstinentes (AB: 88,15 ± 15,95 x NA: 81,04 ± 9,86; p = 0,03). Pacientes abstinentes h& mais tempo tiveram maior sobrepeso/obesidade e adiposidade abdominal (CC) do que os n&o abstinentes e abstinentes recentes, com raz&o de chances de 5,25. Os abstinentes apresentaram raz&o de chances de 3,38 para %GC acima da m&dia, independente do tempo de abstin&ncia.
CONCLUS&AO: Pacientes alcoolistas abstinentes apresentam mais sobrepeso/ obesidade, adiposidade corporal (%GC) e abdominal (CC) do que os n&o abstinentes. &E importante o acompanhamento multiprofissional no tratamento de alcoolistas com abordagem para fatores de risco cardiovasculares, principalmente evitando o ganho de peso.
Palavras-chave: Alcoolismo, depend&ncia, colesterol, avalia&&o nutricional, risco cardiovascular.
OBJECTIVE: Evaluate cardiovascular risk factors, with emphasis on hypertension and adiposity, present in alcoholics abstinent or not abstinent.
METHOD: This was a cross-sectional study with 65 alcoholic patients in treatment in CAPSad. The degree of alcohol dependence was assessed by SADD (Short Alcohol Dependence Data) and the use of other drugs by ASSIST (Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test). We evaluated the biochemical and anthropometric profile users.
RESULTS: The study included 42 men and 23 women. The majority of the participants (67.74%) presented severe alcohol dependence with alcohol use mainly associated with smoking (66.15%). The average waist circumference (WC) was significantly higher among abstinent compared to non-abstinent (AB: 88.15 ± 15.95 x NA: 81.04 ± 9.86, p = 0.03). Patients longer abstinent had higher overweight/obesity and abdominal adiposity (WC) than non-abstinent and recent abstinent with odds ratio of 5.25. The abstainers had odds ratios of 3.38 for% BF above average, regardless of time of abstinence.
CONCLUSION: Abstinent alcoholic patients have more overweight/obesity, body (% BF) and abdominal (WC) adiposity than non-abstinent. Multidisciplinary care is important in the treatment of alcoholics with approach for cardiovascular risk factors, especially avoiding weight gain.
Keywords: Alcoholism, addiction, cholesterol, nutrition assessment, cardiovascular risk.
INTRODU&C&AO
O &lcool, consumido nas bebidas alco&licas, pode causar depend&ncia, com consequentes transtornos mentais org&nicos e f&sicos1. A preval&ncia de mortes atribu&veis ao consumo de &lcool, como acidentes, doen&as cardiovasculares e cirrose hep&tica, vem aumentando no Brasil, atingindo a preval&ncia de 5% a 10%2.
Por ser fonte de energia (7,1 kcal/g)3,4, dependendo da quantidade ingerida, seu consumo pode levar a desnutri&&o ou sobrepeso, devido ao aumento das calorias ingeridas3,5,6. Entre os dependentes, as calorias provenientes do &lcool podem representar 50% das suas necessidades cal&ricas di&rias, substituindo o consumo de alimentos como fonte de energia e de nutrientes, ocorrendo emagrecimento e desnutri&&o7.
&E conhecido que o consumo cr&nico de bebidas altera a press&o arterial8 e aumenta os n&veis de triglicer&deos9. Durante o tratamento para abstin&ncia, a altera&&o na ingest&o alimentar favorece o ganho de peso, podendo ser mais um fator de risco para o desenvolvimento de doen&as cardiovasculares.
A abordagem nutricional de alcoolistas em tratamento juntamente com os esquemas terap&uticos medicamentosos e cognitivo-comportamentais pode ser incentivada como ferramenta de tratamento para manuten&&o da abstin&ncia e preven&&o do desenvolvimento ou agravo de doen&as cardiovasculares. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a presen&a de fatores de risco cardiovascular, com &nfase na hipertens&o e adiposidade corporal, em alcoolistas abstinentes ou n&o abstinentes em tratamento.
MATERIAL E M&ETODOS
Desenho do estudo e popula&&o
Trata-se de um estudo epidemiol&gico transversal com amostra de conveni&ncia. Foram avaliados todos os usu&rios que tinham o &lcool como a droga principal para o acompanhamento no Centro de Aten&&o Psicossocial para &Alcool e outras Drogas (CAPSad) de Ouro Preto, Minas Gerais, no per&odo de julho de 2009 a dezembro de 2010. Todos os avaliados foram diagnosticados alcoolistas pelo psiquiatra do CAPSad e registrados em prontu&rio, seguindo anamnese cl&nica semiestruturada para preenchimento dos crit&rios de depend&ncia segundo a 10? edi&&o da Classifica&&o Internacional de Doen&as (CID-10).
O CAPSad & ligado ao Sistema &Unico de Sa&de (SUS) e destinado para atendimento di&rio & popula&&o com transtornos decorrentes do uso e depend&ncia de &lcool e outras drogas. Todos os participantes que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo comit& de &tica da Universidade Federal de Ouro Preto, CEP/UFOP (CAAE: .000-09).
Os participantes preencheram os seguintes crit&rios de inclus&o: idade maior que 18 anos, de ambos os sexos, com diagn&stico de depend&ncia alco&lica de acordo com o CID10, que tinham o &lcool como droga principal para o tratamento no CAPSad, com condi&&es cognitivas satisfat&rias para responder aos question&rios de acordo com avalia&&o feita pelo psic&logo da institui&&o e que concordaram em participar de todas as etapas da pesquisa. Foram exclu&dos do estudo os usu&rios de drogas il&citas que n&o relataram uso de &lcool, mulheres gr&vidas e aqueles com frequ&ncia no CAPSad menor que duas vezes ao m&s.
Depend&ncia alco&lica
Para avaliar a gravidade da depend&ncia alco&lica, utilizou-se a escala Short Alcohol Dependence Data (SADD), validada para o Brasil por Jorge e Masur10. Essa escala classifica a depend&ncia no momento atual. Possui 15 itens que investigam a gravidade da depend&ncia alco&lica, classificando-a em depend&ncia leve (1 a 9 pontos), depend&ncia moderada (10 a 19 pontos) e depend&ncia grave (20 a 45 pontos).
Poliuso de drogas
O question&rio Teste de Triagem do Envolvimento com &Alcool, Tabaco e Outras Subst&ncias (ASSIST - Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test) foi utilizado para a avalia&&o da depend&ncia simult&nea de v&rias subst&ncias, condi&&o muito comum entre usu&rios de drogas. Validado para o Brasil por Henrique et al.11, o teste permite a classifica&&o do consumo das drogas utilizadas em uso ocasional (0 a 3 pontos), sugestivo de abuso (4 a 15 pontos) e sugestivo de depend&ncia (16 a 20 pontos).
Vari&veis antropom&tricas
Peso corporal, altura e circunfer&ncia da cintura foram aferidos durante a avalia&&o nutricional de todos os participantes do estudo. As medidas foram realizadas individualmente, em sala da institui&&o, por avaliador devidamente treinado. Para aferir o peso corporal, utilizou-se balan&a digital TANI-TA Iroman&, ajustada a cada medi&&o, com capacidade de 150 kg, com precis&o de 0,1 kg, com indiv&duos descal&os e usando roupas leves. Para a medida da altura, utilizou o antrop&metro port&til Alturaexata&, com escala em cent&metros e campo de uso de 0,35 at& 2,13 m. As circunfer&ncias foram aferidas por meio de fita m&trica flex&vel, com escala em cent&metros. A circunfer&ncia da cintura foi aferida no ponto m&dio entre o &ltimo arco costal e a crista il&aca com o indiv&duo na posi&&o supina.
O ponto de corte para classifica&&o de obesidade abdominal de acordo com a circunfer&ncia da cintura foi de & 90 cm para homens e & 80 cm para mulheres12.
A partir dos dados do peso corporal e altura, foi calculado o IMC e classificado de acordo com crit&rio para adultos e de idosos da Organiza&&o Mundial de Sa&de em baixo peso (& 18,5 kg/m2), eutr&fico (18,5-24,99 kg/m2), sobrepeso (2529,99 kg/m2) e obesidade ( & 30 kg/m2)13.
O percentual de gordura corporal foi calculado a partir do IMC, usando as f&rmulas propostas por Black et al.14, j& empregadas anteriormente em estudo com pacientes alcoolistas15: homens [% de gordura = 1,218 (IMC) - 10,13] e nas mulheres [% de gordura = 1,48 (IMC) - 7]. Os valores obtidos foram classificados de acordo com proposto por Lohman em 199116, sendo considerados como m&dia de normalidade (ponto de corte) 15% de gordura corporal para homens e 23% de gordura corporal para mulheres. O porcentual de gordura corporal encontrado acima desses valores foi classificado como acima da m&dia para cada sexo.
Press&o arterial
A aferi&&o da press&o arterial (PA) foi realizada no local do estudo, com t&cnica padronizada e equipamento calibrado. Utilizou-se o monitor de press&o arterial autom&tico com manguito ComfitTM, modelo HEM-781 INT, marca Omron&. Antes da primeira aferi&&o, os participantes fizeram repouso de 5 minutos em local calmo e tranquilo. Os volunt&rios se sentaram, mantendo as pernas descruzadas, p&s apoiados no ch&o, dorso recostado na cadeira e relaxado. O bra&o foi posicionado ao n&vel do cora&&o, apoiado com a palma da m&o voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido17. Durante 15 minutos, a press&o arterial foi medida tr&s vezes, com intervalos de 5 minutos. A m&dia das tr&s aferi&&es da PA sist&lica e diast&lica foi utilizada para obten&&o do valor final.
Vari&veis sociodemogr&ficas
Foram coletadas informa&&es sociodemogr&ficas e de hist&ria de consumo do &lcool por meio de question&rio estruturado. A escolaridade foi agrupada em: com estudo & 4? s&rie e estudo & 4? s&rie. A renda familiar foi classificada de acordo com valores em sal&rios-m&nimos entre & 1 sal&rio-m&nimo e & 1 sal&rio-m&nimo. A etnia autorrelatada foi disposta em dois grupos: branco e n&o brancos (nos quais se inclu&ram todos os outros grupos &tnicos). A idade de in&cio do consumo de &lcool foi classificada em faixas de idade de & 15 anos, entre 16 e 20 anos e & que 20 anos. Foi identificado tamb&m o poliuso de drogas.
O padr&o de uso do &lcool foi classificado em abstinente ou n&o abstinente (redu&&o de uso e uso n&o alterado). Para os abstinentes, conheceu-se o tempo de abstin&ncia, sendo classificados em abstinentes recentes aqueles com uma semana at& tr&s meses de abstin&ncia (AR - abstin&ncia recente) e abstinentes h& mais tempo, com quatro meses ou mais de abstin&ncia (AT – abstinência há mais tempo).
Amostras biol&gicas e dosagens bioqu&micas
A amostra biol&gica utilizada foi o sangue, com o paciente em jejum de 12 horas. As coletas e dosagens foram realizadas pela equipe do Laborat&rio Piloto de An&lises Cl&nicas (LAPAC/UFOP), de acordo com as pr&ticas desse laborat&rio, normatizadas por Procedimento Operacional Padr&o (POP) e Controle Interno e Externo.
Foram realizados os seguintes exames bioqu&micos: hemograma completo, colesterol total e fra&&es, triglic&rides, glicose de jejum, ureia, creatinina, &cido &rico, albumina, transaminase glut&mico oxalac&tica (AST), transaminase glut&mico pir&vica (ALT), gamaglutamiltransferase (GGT).
An&lise estat&stica
A an&lise estat&stica foi realizada no software PASW 17.0. Para a descri&&o das vari&veis, utilizaram-se m&dias, desvios-padr&o, valores m&nimos e m&ximos. Ap&s avalia&&o da normalidade dos dados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, utilizamos o teste ANOVA one-way para as vari&veis com distribui&&o normal (hem&cia, hemoglobina, hemat&crito, VCM, plaqueta, &cido &rico, colesterol total, LDL-c, HDL-c, albumina, IMC, CC, CQ, %GC) e Kruskal-Wallis para as vari&veis sem distribui&&o normal (ureia, creatinina, glicose, triglicer&deos, AST, ALT, GGT), respectivamente. O teste do qui-quadrado foi utilizado para a compara&&o entre as vari&veis categ&ricas. Para a an&lise, o padr&o de uso de &lcool foi considerado como vari&vel independente (grupos NA, AR e AT). Par&metros antropom&tricos, bioqu&micos e de press&o arterial foram considerados como vari&vel dependente. Assumiu-se com n&vel de signific&ncia estat&stica o valor p & 0,05.
RESULTADOS
Dos 216 alcoolistas frequentadores do CAPSad no per&odo avaliado, 151 foram exclu&dos do estudo por n&o apresentarem frequ&ncia no CAPSad maior que duas vezes ao m&s (n = 143), por n&o realizarem os exames bioqu&micos (n = 3) e por se recusarem a participar da pesquisa (n = 5). Assim, participaram da pesquisa 65 alcoolistas (42 homens e 23 mulheres).
A maioria dos participantes iniciou o consumo de &lcool com idade menor ou igual a 15 anos (50,8%) e relatou ser dependente do &lcool por mais de seis anos (77,3%). Apenas 13,6% relataram ter entre dois e tr&s anos de depend&ncia alco&lica.
descreve as vari&veis sociodemogr&ficas dos pacientes atendidos no CAPSad. A maioria dos participantes era de homens (n = 42/64,6%), brancos, casados ou comcompanheiros, com renda familiar menor do que um sal&rio-m&nimo e escolaridade maior que a 4 s&rie do ensino fundamental. Dos atendidos no CAPSad, 35 relataram estar abstinentes do &lcool e 30 n&o abstinentes.
Quanto ao uso de outras drogas associadas & depend&ncia alco&lica, houve consumo abusivo, entre homens e mulheres, de: tabaco (57,1%), maconha (11,1%) e coca&na/crack (7,9%). As demais drogas avaliadas foram classificadas em uso ocasional. A maioria dos participantes (67,7%) apresentou depend&ncia alco&lica grave, avaliada pelo question&rio SADD. As respostas & pergunta 2 do question&rio SADD revelaram que a grande maioria deixou, muitas vezes ou sempre, de consumir alimentos quando ingeriam bebidas alco&licas(69,4%) ().
Quanto & avalia&&o nutricional, os valores m&dios de CC oram significativamente maiores entre os abstinentes em compara&&o aos n&o abstinentes. Entretanto, IMC e %GC n?o apresentaram diferen?a entre os grupos. Os abstinentes por mais tempo (AT) apresentaram maior valor médio de CC do que os n?o abstinentes (NA). Independente do sexo, o valor médio de CC para os abstinentes AT ultrapassou o ponto de corte estabelecido, indicando obesidade abdominal e risco cardiovascular ().
Houve diferen&a significativa apenas para a CC entre Pacientes abstinentes h& mais tempo tiveram maior sohomens NA e AT, com maiores valores entre os abstinentes. brepeso/obesidade e obesidade abdominal (CC) do que os Embora sem diferen&a significativa, as mulheres de todos os n&o abstinentes e abstinentes recentes com raz&o de changrupos apresentaram valores de CC indicativo de risco car-ces de 5,25 para as categorias. Os abstinentes apresentaram diovascular ().
Pacientes abstinentes h& mais tempo tiveram maior sobrepeso/ obesidade e obesidade abdominal (CC) do que os n&o abstinentes e abstinentes recentes com raz&o de chances de 5,25 para as categorias. Os abstinentes apresentaram raz&o de chances de 3,38 para %GC acima da m&dia, independente do tempo de abstin&ncia ().
Quanto aos resultados dos exames bioquímicos (), os biomarcadores VCM, ALT, AST e GGT apresentaram diferen?as significativas de acordo com o padr?o de uso do álcool. O VCM foi maior entre os n?o abstinentes em rela??o aos dois padr?es de abstinência. Ao se compararem os valores de ALT, AST e GGT, os abstinentes há mais tempo (AT) apresentaram níveis significativamente menores do que os abstinentes recentes (AR).
Para todas as categorias de padr?o de uso alcoólico, o
ácido úrico manteve-se dentro dos padr?es de referência
(2,5 a 7 mg/dl). Os abstinentes recentes apresentaram menor
valor médio do que os n?o abstinentes. Quanto ao perfil lipídico,
houve diferen?a apenas no valor médio de HDL-c, que
foi maior entre os n?o abstinentes em rela??o aos diferentes
padr?es de abstinência.
DISCUSS&AO
O perfil nutricional e cl&nico de alcoolistas em tratamento mostrou que pacientes abstinentes tiveram maior presen&a de sobrepeso/obesidade, maior ac&mulo de gordura corporal, principalmente na regi&o abdominal, em rela&&o aos ainda n&o abstinentes. O processo de abstin&ncia parece acarretar altera&&es antropom&tricas, com maior chance de ganho de peso e aumento de adiposidade corporal. Mais do que outras formas de distribui&&o da gordura corporal, o aumento da gordura abdominal & considerado um fator de risco importante para doen&as cr&nicas n&o transmiss&veis18. Al&m disso, a circunfer&ncia da cintura pode ser considerada o melhor indicador de adiposidade abdominal e est& fortemente relacionada com as doen&as cardiovasculares19.
O sistema microssomal de oxida&&o do etanol, do ingl&s Microssomal Ethanol Oxidation System (MEOS), & a principal via hep&tica para a oxida&&o do etanol em alcoolistas & custa de gasto de energia20. Entretanto, a sua indu&&o & revers&vel ap&s a abstin&ncia alco&lica21. A normaliza&&o do gasto energ&tico, aumento do IMC e da rela&&o cintura-quadril (RCQ) em alcoolistas em abstin&ncia por tr&s meses foi evidenciada por Addolorato et al.22. Os autores sugeriram que a melhora do estado nutricional na abstin&ncia pode ter sido pela menor a&&o do MEOS, diminuindo o gasto cal&rico.
O ganho de peso foi relatado no estudo de Krahn et al.23 como um problema em pacientes que tentaram manter a abstin&ncia ao longo de seis meses. Abstinentes ganharam quase o dobro de peso do que os n&o abstinentes, embora os resultados n&o tenham sido significativos.
Altera&&es no padr&o alimentar e sobrepeso foram observados em estudos que avaliaram pacientes em tratamento para depend&ncia qu&mica. Cowan e Devine24 observaram aumento do consumo de alimentos ricos em gorduras e a&&cares e excessivo ganho de peso entre homens durante a recupera&&o da depend&ncia alco&lica.
A preval&ncia de participantes que responderam deixar de comer em detrimento do consumo alco&lico foi elevado (69,4%). Esse resultado pode explicar o menor peso evidenciado entre os alcoolistas em raz&o do menor consumo de alimentos.
A depend&ncia de &lcool acomete cerca de 10% a 12% da popula&&o mundial25 e 12,3% dos brasileiros que vivem nas maiores cidades do pa&s, com maior incid&ncia entre os homens26.
Nosso estudo teve predomin&ncia do sexo masculino. As mulheres procuram menos os servi&os de tratamento para usu&rios de &lcool e drogas do que os homens em raz&o do preconceito e do estigma social em rela&&o ao papel da mulher27.
A idade precoce para o in&cio do uso do &lcool tem-se mostrado como um fator de influ&ncia para o padr&o de beber exagerado na idade adulta. O estudo que investigou os padr&es de consumo de &lcool da popula&&o brasileira afirma que o consumo de &lcool tem acontecido cada vez mais precocemente, com a primeira vez de uso com 13,9 anos, enquanto o consumo regular & realizado aos 14,6 anos28. No presente estudo, a maior parte dos participantes iniciou o uso do &lcool com menos de 15 anos e apresentava mais de seis anos de depend&ncia. Al&m disso, mais de 65% dos frequentadores do CAPSad tinham depend&ncia alco&lica grave.
O consumo cr&nico de &lcool leva a danos org&nicos que podem ser detectados por meio de exames bioqu&micos. Os biomarcadores de consumo de &lcool mais utilizados s&o as enzimas hep&ticas gamaglutamiltransferase (GGT), aspartato aminotransferase (AST) e alanino aminotransferase (ALT) e o volume corpuscular m&dio (VCM)29. Ap&s a retirada do consumo alco&lico, os n&veis s&ricos de GGT reduzem-se progressivamente, podendo voltar a valores normais dentro de dois meses de abstin&ncia30.
No presente estudo, os resultados de GGT se comportaram conforme descrito na literatura, com concentra&&es aumentadas entre os n&o abstinentes e nos abstinentes recentes, restabelecendo valores normais (& 50 UI/l) entre aqueles com mais de tr&s meses de abstin&ncia (AT). O consumo de &lcool pouco alterou os padr&es de normalidade das aminotransferases AST e ALT, embora tenham apresentado valores menores entre os abstinentes h& mais tempo. O autorrelato de abstin&ncia pelos participantes do estudo foi confirmado com o resultado da GGT.
O VCM pode aumentar com o beber pesado e se manter elevado ap&s v&rios meses de redu&&o ou cessa&&o do consumo alco&lico31. A causa da macrocitose ocasionada pelo etanol & complexa. O etanol parece ter efeito t&xico direto na medula &ssea, causando redu&&o da celularidade (quantidade e qualidade) da medula e vacuoliza&&o dos precursores das c&lulas vermelhas32. O ponto de corte de 92 fl & indicado para indiv&duos abstinentes. Em nosso estudo, os pacientes que mantiveram o consumo alco&lico tiveram uma discreta eleva&&o em rela&&o aos abstinentes recentes (AR) e maior eleva&&o em compara&&o aos abstinentes h& mais tempo (AT).
O aumento do &cido &rico tem sido evidenciado em pacientes etilistas. Nishimura et al.33 demonstraram que o consumo regular de 60 g de etanol/dia aumenta os n&veis s&ricos de &cido &rico. O produto da degrada&&o das purinas, como a hipoxantina e xantina (plasma e urina), & maior em consumidores regulares de &lcool do que nos n&o consumidores e aqueles que o consomem de forma ocasional. O aumento da oxida&&o do etanol acelera a degrada&&o da adenina nucleot&deo (NAD+). A maior demanda de NAD+ para a oxida&&o do etanol via &lcool desidrogenase leva & maior forma&&o de lactato. O aumento de lactato sangu&neo diminui a excre&&o renal de &cido &rico, aumentando, assim, sua concentra&&o s&rica, favorecendo a hiperuricemia com o consumo de bebidas alco&licas34.
Estima-se que o efeito cardioprotetor do &lcool pode ser atribu&do em 50% pelo aumento de HDL-c35. O consumo moderado de &lcool resulta em um aumento dose-dependente de componentes do HDL-c no plasma (apolipprote&na A-I e II), sem mudan&as no tamanho das suas part&culas36. Enquanto o consumo di&rio de &lcool pode elevar o HDL-c em 5% a 10%, ele contribui para minimizar esse efeito ben&fico, aumentando os n&veis de triglic&rides37. Al&m de afetar o perfil lip&dico, o &lcool altera a PA, de acordo com a quantidade ingerida. Maiores quantidades de &lcool est&o associadas a maior morbidade e mortalidade cardiovasculares17.
Stranges et al.38 investigaram a associa&&o do consumo de &lcool e aspectos atuais do padr&o de beber com o risco de hipertens&o em homens e mulheres saud&veis sem outras doen&as cardiovasculares. Quando comparados com os abst&mios, os que relataram consumir bebida alco&lica tiveram maior risco de desenvolver hipertens&o, independente da quantidade consumida. A redu&&o do consumo alco&lico deve ser recomendada como componente da modifica&&o do estilo de vida para a preven&&o e tratamento da hipertens&o entre alcoolistas pesados.
No presente estudo, os alcoolistas apresentaram n&veis mais elevados de HDL-c do que os abstinentes, independente do tempo de abstin&ncia. Em contraste com esses melhores valores de HDL-c em alcoolistas, encontramos tamb&m valores lim&trofes de triglicer&deos, colesterol total e glicose de jejum. Consumir bebidas alco&licas com objetivo de obter efeitos ben&ficos & sa&de n&o deve ser encorajado, uma vez que pode acarretar altera&&es metab&licas e aumentar o risco de doen&as cardiovasculares39. Adicionalmente, h& aumento progressivo de doen&as atribu&das ao maior consumo de &lcool como diabetes mellitus, hipertens&o, doen&a card&aca isqu&mica, arritmias, acidente vascular cerebral hemorr&gico e isqu&mico, entre outras40.
Em compara&&o com indiv&duos que n&o bebem, os que consomem de 40 a 50 g de etanol/dia tamb&m podem apresentar aumento da circunfer&ncia abdominal, dos n&veis de triglic&rides, da press&o arterial e dos n&veis de glicose de jejum e p&s-prandial41,42, que s&o fatores de risco para o desenvolvimento de eventos coronarianos.
Nosso estudo cont&m algumas limita&&es. A avalia&&o do conte&do de gordura corporal por meio de f&rmulas validadas n&o & o m&todo mais preciso de avalia&&o de gordura corporal. T&cnicas mais precisas, como a bioimped&ncia el&trica, exigem um protocolo rigoroso a ser seguido, como a abstin&ncia alco&lica de 24 horas, o que inviabilizaria a utiliza&&o dessa t&cnica nos pacientes n&o abstinentes. A absormetria radiol&gica de dupla energia (DEXA) & um equipamento considerado padr&o-ouro para avalia&&o da composi&&o corporal. Entretanto, por n&o haver um aparelho desse tipo dispon&vel, tornou-se invi&vel a sua utiliza&&o.
Nosso estudo concorda com dados da literatura que apontam para ganho de peso e de medidas de adiposidade, que s&o fatores de risco para doen&as cardiovasculares em pacientes abstinentes. O consumo de alimentos cal&ricos, fonte de carboidratos, mostra-se evidente entre os pacientes abstinentes, que relatam redu&&o da fissura e sensa&&o de bem-estar ao consumi-los43.
CONCLUS&AO
Os resultados do presente estudo indicam que pacientes alcoolistas abstinentes apresentam mais excesso de peso e adiposidade corporal (%GC) e abdominal (CC) do que os n&o abstinentes. Apesar dos n&veis aumentados do HDL-c, foram encontrados valores lim&trofes de triglicer&deos, colesterol total e glicemia de jejum em alcoolistas n&o abstinentes.
No cuidado de pacientes alcoolistas em tratamento para
a abstin&ncia, devem ser abordados a preven&&o e o tratamento de fatores de risco para doen&as cardiovasculares, com acompanhamento multiprofissional que atenda &s necessidades exigidas durante o processo de desintoxica&&o e evite o ganho de peso.
CONTRIBUI&C&OES INDIVIDUAIS
Mayla Cardoso Fernandes Toffolo - Contribuiu na execu&&o do estudo, na an&lise estat&stica dos dados e na elabora&&o do artigo.
Cl&udia Aparecida Marli&re - Contribuiu na concep&&o e desenho do estudo, na revis&o cr&tica do texto e na an&lise
estat&stica dos dados.
Aline Silva de Aguiar Nemer - Contribuiu na concep&&o, desenho e coordena&&o do estudo, na an&lise estat&stica
e na revis&o cr&tica do texto.
CONFLITOS DE INTERESSE
Os autores declaram n&o haver conflitos de interesse.
AGRADECIMENTOS
&A Pr&-Reitoria de Pesquisa e P&s-Gradua&&o/UFOP, & Escola de Nutri&&o/UFOP, ao PET-Sa&de/UFOP e a todos os funcion&rios e usu&rios do CAPSad, por contribu&rem com a realiza&&o deste trabalho.
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Endere?o para correspondência:
Aline Silva de Aguiar Nemer
Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ci&ncias Biol&gicas, Departamento de Nutri&&o, Cidade Universit&ria
 – Juiz de Fora, MG, Brasil
Telefone: (+55 32)
Recebido em 18/1/2013
Aprovado em 2/5/2013
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